domingo, 21 de agosto de 2011

Desespero pela Cura do Autismo

 Matéria publicada em http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/desespero_pela_cura_do_autismo.html
 
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Desespero pela Cura do Autismo
Os diagnósticos evoluíram, mas são poucos os tratamentos eficazes. Pais recorrem a terapias alternativas suspeitas e, com frequência, arriscadas
por Nancy Shute
QUANDO SE DIAGNOSTICOU AUTISMO em Benjamin, seu primogênito, Jim Laidler e sua esposa começaram a buscar ajuda. “Os neurologistas diziam: 'Não sabemos as razões para o autismo nem quais serão as consequências para seu filho'”, relata Laidler. “Ninguém dizia: 'Essas são as causas; esses, os tratamentos'.”

Mas, ao pesquisarem na internet, os Laidlers, moradores de Portland, no estado americano de Oregon, encontraram dúzias de tratamentos “biomédicos” que prometiam amenizar ou mesmo curar a incapacidade de Benjamin de falar, interagir socialmente ou controlar seus movimentos. E, assim, os Laidlers testaram essas terapias em seus fi lhos; começaram com vitamina B6 e magnésio, dimetilglicina e trimetilglicina – suplementos nutricionais –, vitamina A, dietas livres de glúten e caseína, secretina – hormônio envolvido na digestão – e quelação, terapia medicamentosa destinada a eliminar chumbo e mercúrio presentes no organismo. Aplicaram esses supostos tratamentos a David, irmão caçula de Benjamim, também diagnosticado com autismo. A quelação não pareceu ser de muita ajuda. Foi difícil perceber qualquer efeito decorrente da secretina. As dietas trouxeram esperança; para onde fossem, os Laidlers carregavam a própria comida. E Papai e Mamãe continuaram a alimentar os garotos com inúmeros suplementos, modifi cando as doses de acordo com cada alteração comportamental.

O primeiro sinal de fracasso dessas experiências veio quando a mulher de Laidler, cada vez mais cética, interrompeu a administração dos suplementos a Benjamin. Ela esperou dois meses para revelar esse segredo ao marido. Seu silêncio chegou ao fi m quando Benjamin, em uma viagem da família à Disneylândia, pegou um waffl e de cima de um bufê e o devorou. Os pais observaram a cena horrorizados, convencidos de que o garoto teria uma regressão do quadro no mesmo instante em que sua dieta restrita fosse interrompida. Mas isso não aconteceu.

Jim Laidler tinha o dever de saber disso: é anestesista. Desde o começo, estava ciente de que os tratamentos usados em seus fi lhos não passaram por testes clínicos aleatórios,
o padrão-ouro para terapias médicas. “No princípio, tentei resistir”, justifi ca. Mas a esperança venceu o ceticismo.

Todos os anos, centenas de milhares de pais sucumbem à mesma tentação de encontrar algo capaz de aliviar os sintomas de seus sofridos fi lhos e fi lhas: ausência de fala ou comunicação, interações sociais ineptas, comportamentos repetitivos ou restritos, como bater palmas ou fi xar-se em um objeto. De acordo com alguns estudos, quase 75% das crianças autistas recebem tratamentos “alternativos” não desenvolvidos pela medicina convencional. Além disso, essas terapias frequentemente são enganosas; não passam por testes de segurança ou efi cácia, podem ser caras e, em alguns casos, produzir danos.

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Um comentário:

  1. eu sei o desespero de sentir isso, é realmente aterrorizante vislumbrar o futuro e imaginar nossos filhos sem terem mais a nós para protege-los e cuida-los. não há nada nesse mundo que amo mais que minha filha, nada! e fico tentando muitas vezes imaginar um modo de tira-la dessa pequena escuridão. e o engraçado é ver que ela nem tem conhecimento disso. e me desespero ao ver sua inocência. eu não desisto dela, nunca desistirei. amo-a demais. mas hoje em dia, a única coisa que posso fazer é entregar nas mãos de Deus, e implorar a ajuda a Jesus para interceder por nós, ter bondade e misericórdia por todos os autistas do mundo. que ele tenha piedade e os livre dessa pequena escuridão. me perdoem por dizer isso. mas é já uma atitude desesperada minha, é sentir impotência demais, então clamo somente a Deus por cura, mesmo que seja pequena. queria apenas ver minha filha falar e se expressar. já seria tudo de bom que poderia acontecer em nossas vidas. Deus abençoe a todos autistas e familiares desse mundo.

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